Museologia de coleções de plásticos e pré-plásticos

Os plásticos têm características amplamente reconhecidas, como versatilidade, adaptabilidade e flexibilidade, que são um reflexo da criatividade humana, e na mesma medida estão relacionados com a capacidade destrutiva humana de ambientes naturais. Enquanto objetos, os plásticos revelam a existência de uma cultura de trabalho que trouxe mudanças sociodemográficas para as regiões onde são produzidos. Para salvaguardar esses materiais em boas condições, de modo a discutir sua controversa história, é necessário realizar técnicas de conservação e restauração desses materiais, dado o alto grau de degradação que alguns deles podem sofrer.

O esforço para recolher e salvaguardar um património deve corresponder a uma disseminação ativa e dinâmica e a uma conexão efetiva com as pessoas, que é a razão de ser do trabalho dos museus contemporâneos. Considerando que um dos desafios da museologia na atualidade é olhar para os objetos com mais cuidado, colocando-os no centro dos significados e valores a serem investigados (Lopes; Barbuy, 2013, p. 12). Esses objetos, qualquer que seja sua natureza, devem ser explorados na busca de informações para além de sua materialidade, envolvendo-os nos parâmetros do contexto social e político como inovação científica e tecnológica. Portanto, essa linha de investigação propõe relações entre universidade, museus e instituições contemporâneas que produzem objetos de plásticos, procurando por suas narrativas, documentações, protótipos, profissionais e técnicas associadas que sejam particulares da região em que foram produzidos.

 

Imagem: Coleção Pátria. Centro de Memória de Guimarães.