O plástico é um artefacto humano capaz de atender a um mercado em constante crescimento, que substituiu uma série de objetos produzidos de materiais tradicionais, num fenómeno indiscutível de mimetismo. Algumas transições ocorreram nos casos em que as vantagens apresentadas eram óbvias demais para serem ignoradas. A evolução do desenvolvimento científico do plástico – novos materiais, com novas características e possibilidades – conduz a vários fenómenos novos que podem ser estudados: – Uma grande variedade de objectos do quotidiano, que eram tradicionalmente feitos de madeira, marfim e outros materiais, desde a virada para o século XX, começaram a ser cada vez mais produzidos em plástico e materiais compósitos, tem moldado a vida quotidiana e a perceção que as pessoas têm do material plástico. No entanto, estas não foram relações inequívocas, nem irreversíveis.
Nesta linha de investigação serão discutidos os objetos de plástico cujo design evolui – como as cadeiras, tão típicas da explosão do fenómeno da cultura pop dos anos 60 e das décadas seguintes; a relação do plástico consigo mesmo, que permite a criação de objetos únicos: como implantes médicos, componentes aeroespaciais, etc…; destaca-se o plástico como material de identidade própria, o que leva à imitação na direção oposta: criação de objetos de design em materiais tradicionais, como cerâmica, que imitam objetos de plástico; e a integração do plástico em objetos compostos, juntamente com outros materiais.

Imagem: Coleção Património Energético. Fundação EDP.